Para uma troca de conhecimentos e experiências sobre a depressao enquanto doença tabu. Doença nova ou antiga, doença ou estado de espírito, qual a sua real dimensão, os seus efeitos, crónica ou curável, como é vista pelos outros: médicos, familiares, colegas, amigos...?
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Livros cuja leitura recomendo
- Sexo e Amor, de Francesco Alberoni, Bertrand Editora
- Recriar o Seu Ser, Neale Donald Walsch
- O Profeta, Khalil Gibran
- O Poder do Agora, Eckhart Tolle, Pergaminho
- O Feminino Reencontrado, de Nathalie Durel, Ariana Editora
- O Cavaleiro da Armadura Enferrujada, de Robert Fisher, Editorial Presença
- O Caminho Menos Percorrido, de M. Scott PecK, colecção xix
- As Vozes de Marraquexe, Elias Canetti
Depressão - quando como porquê...
A criação deste Blog advém de, ao longo de vários anos, ter percepcionado que em Portugal esta doença é quase tabu; envolvida pela vergonha de quem padece e pelo desconhecimento político da sua real dimensão e implicações, bem como das respostas existentes para o seu tratamento... Apenas pretendo abrir um espaço para a interrogação a denúncia a informação... Talvez dessa troca de ideias resulte benefício para alguém ( doente, familiar, amigo... ) como, por exemplo, a identificação do seu sofrimento, o início da compreensão e da aceitação da depressão como doença, um incentivo para a procura de mais conhecimentos, um incentivo para predir ajuda na sua cura ou na melhor qualidade de vida, ou o renovar da esperança perdida... Bem hajam! os que quiserem e não tiverem medo ou vergonhar de comentar: criticar, sugerir, informar, questionar, contar, interrogar-se, lamentar-se...
É uma estatística aterradora, sem dúvida!
ResponderEliminarUma coisa que considero particularmente inquietante é o que parece ser a cada vez maior dificuldade que as pessoas sentem para lidar consigo próprias, para se sentirem bem (ou, pelo menos, em paz) nos seus corpos e COM eles.
Estou em crer que a tradição judaico-cristã, por um lado (desvalorizando o corpo, anatemizando-o das mais diversas maneiras, expressas ou mais diáfanas e subtis) e, por outro, uma certa "pós-modernidade" exclusivamente virada para o exterior de si--um exterior imediatista e excessivamente centrado no 'consumo' veloz de impressões cujo único fundamento para serem sentidas são elas mesmas enquanto "experiência" ou "experiências" 'absolutas' que partem do Eu mas já não regresam a ele sob a forma de um Saber ou Conhecimento qualquer; estou em crer, dizia, que tudo isso nos afastou, talvez irremediavelmente, da propriedade efectiva dos nossos corpos assim como de uma nobre cultura de respeito por eles, um respeito que lhes é devido como corpos e pelo facto de o serem, independentemente dos "significados" e "móbeis" que queiramos colar-lhes, digamos assim.
pelo facto de serem componentes essenciais da unidade orgânica, total, que é a Pessoa.
Esperamos da Vida que... acabe (se ambicionamos o Céu) ou que se multiplique em impressões ou nos fala ricos, do dia para a noite.
Se algum desses objectivos falha, falhamos nós completamente com eles.
Se não ficamos ricos ou se a cidade onde vivemos não tem... discotecas e bares (embora tenha campos e bibliotecas e aves e peixes e outras pessoas...) começamos, de imediato, a acreditar que cessou a nossa razão de existir.
Eu acredito que viver não é ser rico nem fingir que se é.
Viver é existir com dignidade, com um mínimo razoável e digno, e dedicar o tempo que fica à Beleza das coisas e das pessoas que nos rodeiam...
Carlos Machado Acabado
Porque será?
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