sábado, 3 de agosto de 2013

Os pratos da balança

Ultimamente, quanto mais desejo o equilibrio mais balanço entre o não e o sim, a alegria e a tristeza, o antes e o depois, distanciando-me do agora... Viver o agora em plenitude é neste momento o meu maior objectivo pessoal, no entanto medos inseguranças alguns preconceitos a que se somam ainda pequenos equívocos circunstanciais tendem a afastar-me do meu propósito. Na verdade, viver o agora deveria ser viver simplesmente o agora. Mas eu quero logo viver o agora em plenitude! ou seja, atingir no agora uma dimensão adjectivada, sublime! Aceitar e viver o agora tal qual é, sem integrar nele os nossos sonhos historial e características de carácter, também me parece uma mera utopia! Será guia de Mestre dizer: aceita e vive o agora despido de ilusão. Não mais que um guia, a relembrar em cada inspiração/expiração, mas apenas. Não se trata de viver o presente sem investimento no futuro ou branqueamento total do passado, mas, em meu entender, de usufruir o presente no que tem de bom, no que nos faz sentir vivos (nos faz vibrar diria logo eu) ignorando fantasmas. para que o presente se manifeste na sua face mais luminosa. O exercício de ser na sua dimensão luminosa é na verdade o meu verdadeiro guia- árduo trilho, digo-vos. Caio e levanto-me sucessivamente, mas procuro não me arrepender de ter caído (isso sim será desperdício de energia) e lá vou desbravando muros e medos cada vez mais fundo, abrindo-me cada vez mais à tranquilidade e autenticidade, tão importantes para mim - quero as duas e não uma só. Mas ninguém disse que viver é fácil. Navegar no mar com as suas ondas, rochedos, cabos, vento não é sempre fácil mas o barco não chega a bom porto deixando o barco à deriva mas segurando-o, com inteligência conhecimento técnica trabalho vontade de modo firme e persistente corrigindo erros, aprendendo... Assim navego no agora, mas também porque acredito em cada instante que o porto que busco e desejo me espera. Se acreditar que existe um porto nos termos em que o desejo, navegar apenas parece-me sempre pouco porque dispensaria parte do meu ser. O que faria a essa parte, aniquilava-a?!... Será que reduzindo-me seria mais completa, mais equilibrada?! Será que o excesso de equilíbrio não descaracteriza o ser humano, não torna a vida desinteressante, não conduz à ausência da felicidade?!...

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  • Recriar o Seu Ser, Neale Donald Walsch
  • O Profeta, Khalil Gibran
  • O Poder do Agora, Eckhart Tolle, Pergaminho
  • O Feminino Reencontrado, de Nathalie Durel, Ariana Editora
  • O Cavaleiro da Armadura Enferrujada, de Robert Fisher, Editorial Presença
  • O Caminho Menos Percorrido, de M. Scott PecK, colecção xix
  • As Vozes de Marraquexe, Elias Canetti

Depressão - quando como porquê...

A criação deste Blog advém de, ao longo de vários anos, ter percepcionado que em Portugal esta doença é quase tabu; envolvida pela vergonha de quem padece e pelo desconhecimento político da sua real dimensão e implicações, bem como das respostas existentes para o seu tratamento... Apenas pretendo abrir um espaço para a interrogação a denúncia a informação... Talvez dessa troca de ideias resulte benefício para alguém ( doente, familiar, amigo... ) como, por exemplo, a identificação do seu sofrimento, o início da compreensão e da aceitação da depressão como doença, um incentivo para a procura de mais conhecimentos, um incentivo para predir ajuda na sua cura ou na melhor qualidade de vida, ou o renovar da esperança perdida... Bem hajam! os que quiserem e não tiverem medo ou vergonhar de comentar: criticar, sugerir, informar, questionar, contar, interrogar-se, lamentar-se...